MiniBrasil

Este blog destina-se a publicar minha experiência na construção do assim denominado MiniBrasil, um clone do sintetizador musical Minimoog. Não há qualquer cunho comercial, muito menos responsabilidades implícitas ou explícitas de minha parte sobre os resultados que quem quer que seja obtenha ao seguir os passos aqui descritos. No mais, obrigado por estar aqui.




quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Apresentando o VSG-01

Olá
O VSG-01 (Vintage Synthesizer for Guitar) é um sintetizador totalmente analógico para guitarra (e outros instrumentos musicais, e até vozes), que projetei e vou começar a construir. A exemplo do MiniBrasil, colocarei neste blog a evolução do VSG, à medida que for construindo seus circuitos.
Esta é uma ideia antiga, que remonta os idos da década de 1970, quando explodiram os sintetizadores analógicos, e o irmão do guitarrista dos Mutantes (Cláudio Cesar Dias Batista) publicou seu sintetizador para guitarras, baseado no Minimoog.
Sempre fui fascinado pela ideia de montar um sintetizador, como já mencionei aqui. Montei o MiniBrasil (na verdade estou quase no final), e agora me aventuro na construção de um sintetizador para guitarras (sem teclado).
De início, coloco o diagrama em blocos do VSG, para se ter uma ideia de sua configuração e possibilidades.


Abraços
Gustavo

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Some notes for Eierreiter

Este post vai como resposta a um inscrito no meu canal do Youtube, pois não consegui responder diretamente a ele (por algum problema no Youtube).
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Hi Eierreiter
Thanks for you visit.
It's really good to know that we are not alone... I have been dreamming with Minimoog since my teenages...

About the case, I made it with normal wood, some pices of aluminium plate. For fixing the panel I used a so called hinge for piano.
My dificulty was the real dimensions of Minimoog case. As I was not able to get the official dimensions, I made some assumptions around the keyboard size and made my own case (with dimensions I defined). It was not exactly the same but it was very very close to that. I think it was nice.
Its explained on this blog (previous posts).
For the keyboard I got a Yamaha out of order and used the keyboard mechanism. So I decodified his keys and developed a microcontroler based circuit to decode the key AND generate de notes. For square waveform it was done; so I developed a waveshaper to get the triangle, saw, pulse and tri-saw waveforms. Sincerelly, it was nice... I will post more samples as soon as possible...
Well for left hand controller, I'm on the road yet. The mechanism is almost ready, as can be seen here. I used 1.5mm thin aluminium plate and a poor mechanism for pitch bend (it is not so good; I will improve that...). As I'm generating the waves digitally (with a microcontroller), I'm developing the algorithms for modulation. I supose I will be finished on February/March of 2011 (I hope...). If you want I can explain this with more details...
For the VCF I used the CA3046 that is an array of matched transistors incapsulated on a chip. Moreover, I selected the other transistors in the ladder, so my VCF worked nicely.
So, if you have any other note, I will be pleased to help.
And if I have some question, I will send it tou you.
Cheers
Gustavo

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Um tempo para os pedais...

Olá
Depois das férias de meio de ano, voltei com apetite para montar e desenvolver pedais para guitarras. Até comprei uma, para poder testar os pedais. A motivação maior é, com a experiência adquirida com a construção do Minibrasil (um sintetizador analógico), desenvolver um Sintetizador Vintage (analógico) para Guitarras.
Comecei com alguns pedais já batidos, como um Compressos/Sustainer, um Fuzz e um Overdrive, e outros não tão comuns assim, como o Meatball (um Envelope Follower incrementado).
Em breve postarei informações sobre eles aqui (com alguns samples e fotos).

O Minibrasil continua sendo finalizado, com alguns ajustes na geração das formas de onda triangulares dos osciladores, e na montagem do controlador da mão esquerda.
Fiquem ligados...
Gustavo

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Outros sons...

Olá
Seguem alguns outros sons do MiniBrasil, para adoçar as férias de Julho...

Aqui temos o gerador de ruidos atuando, juntamente com o gerador de envelopes e a tensçao de controle do VCF gerada pelo teclado.



Aqui temos os dois osciladores trabalhando, sendo que o VDCO2 está uma quinta acima do VCDO1. Alguma filtragem com decay longo faz o resto do serviço. (Observe no painel que ainda não instalei o VCDO3. Quando instalar, o som ficará mais "cheio", certamente. E teremos modulação também.)


Aqui uma visão geral do MiniBrasil e suas entranhas. Ainda não está terminado (falta só o terceiro oscilador), mas está quase tudo aí...

terça-feira, 29 de junho de 2010

Enfim, algum som...

Olá
Este post tem a honra de apresentar os primeiros sons públicos do MiniBrasil, o clone do Minimoog à brasileira...
É apenas um mal executado trecho de uma obra magnífica do rock sinfônico, criado por Rick Wakeman (Viagem ao Centro da Terra), apenas como um aperitivo dos sons que este instrumento poderá gerar em breve.



Prometo que editarei melhores aparições do MiniBrasil. Esta foi só para matar a minha ansiedade... rsrsrs
Até a próxima...

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Left Hand Controller

Como o título deste post indica, estou montando agora o "controlador da mão esquerda", que integra as duas rodas de controle (do nível de modulação - MOD, e da frequência dos osciladores - PITCH), a chave de habilitação do Glide e seu respectivo jack de controle externo, e a chave de habilitação do delay dos geradores de envelope e seu respectivo jack de controle externo. Eis abaixo uma foto do módulo que estou montando.


Utilizei um pedaço de chapa de aluminio de 1,5mm de espessura (o mesmo do painel) com 8cmm por 14cm. Dobrei as bordas laterais de forma arredondada, para que o módulo ficasse com 6,5cm de largura, espaço deixado pelo teclado ao retirar as 5 teclas do teclado de 49 (descrito em post passado). Fiz em seguida os dois rasgos para receber as rodas de controle, e os furos para os jacks e as chaves.
As rodas foram feitas de policarbonato. O nome é pomposo, mas retirei este material de uma tábua de carne!!! É, uma tábua de carne destas brancas, com espessura ideal para a aplicação (aproximadamente 7mm). Fiz a roda com uma serra-copode +- 8cm de diâmetro e dei o acabamento com uma lixa fina.
Para o mecanismo da PITCH WHEEL criei um suporte em "L" para a roda com pino na parte de baixo do módulo, fixando a este pino e à parte baixa da roda uma mola, conforme pode ser visto na figura a seguir
.

Repare que a roda é fixada no eixo do potenciômetro (que está fixado no suporte em "L").
Como a MOD WHEEL não precisa de retenção em meio curso do potenciômetro (ela não precisa voltar à posição central), um suporte em "L" ~e o suficiente para apenas fixar a roda ao potenciômetro e este ao suporte.
Ainda não fiz as conexões elétricas. Quando ficar pronto posto aqui como ficou, em imagem e som.
Até a próxima...

quinta-feira, 10 de junho de 2010

O Teclado (2)

Olá
Mostrei no post anterior a parte mecânica do teclado.
O circuito que decodifica as teclas é mostrado abaixo. O leiaute do circuito impesso está a seguir. Repare os dois conectores de 12 pinos (na verdade o J1 tem apenas 11), que trazem os sinais do teclado. São estas linhas que são verificadas pelo microcontrolador. O algoritmo é o básico: ativa-se cada linha e, para cada linha verifica-se se alguma coluna está ativada. A combinação linha-coluna ativada indica uma tecla (e qual é ela) ativada.





Este módulo não é só o decodificador de teclado, mas acumula também as funções do VCDO1 (Voltage Controlled Digital Oscilator), integralmente desenvolvido por mim para o MiniBrasil. O seu software, além de gerar os tons relativos a cada tecla, gera o sinal de Gate para os Geradores de Envelope, monitora o POT de Glide e gera o portamento entre as notas, monitora a tensão de modulação e processa os tons convenientemente, monitora o POT de Tune e gera a variação de semiton correspondente, além de outras tarefas internas de serviço (como transmitir o código da nota e o valor do Glide para os outros VCDOs).
Digamos que este circuito é o coração do MiniBrasil, que faz o sintetizador funcionar...
Até a próxima...

quarta-feira, 9 de junho de 2010

O Teclado

Olá
Como já comentei em outro post, consegui um teclado PSR520, da YAMAHA, todo ferrado mas com o teclado em si perfeito. Depois de retirado de seu gabinete comecei a investigar como poderia decodificar suas teclas para utilizar no MiniBrasil. Comecei por analisar as trilhas do circuito impresso que existe embaixo das teclas e verifiquei que este teclado é constituído de grupos de 6 teclas. Como ele é um teclado de 61 teclas (5 oitavas), existem 11 grupos de 6 teclas cada (o grupo mais "grave" do teclado tem apenas uma tecla).

Verifiquei também que as trilhas se reuniam em dois conectores que, conforme minha suspeita, compunham uma matriz de contatos para codificação do teclado. Fiz algumas medições e conectei um circuito microcontrolado aos conectores (fotos abaixo). Desenvolvi um programa para identificar cada tecla e, após algumas novas medições e correções, consegui gerar um código para cada tecla pressionada: estava então decodificado o teclado da YAMAHA!


Depois de codificado, cortei o teclado para caber no Minimoog, que utiliza 44 teclas (3 1/2 oitavas). O espaço da outra 1/2 oitava (5 teclas) é utilizado para o Módulo de Controle da Mão Esquerda, onde ficam as rodas de modulação e pitch (Mod Wheel e Pitch Wheel), sobre a qual falarei oportunamente.
As fotos abaixo mostram o trabalho de corte do teclado e o resultado final
.

O mesmo circuito que decodifica o teclado faz o papel de VCDO (oscilador). Mais nos próximos posts.
Até lá...

O Gerador de Ruídos

Este módulo do meu MiniBrasil tem história: já há muitos e muitos anos eu tenho a vontade de construir um sintetizador. A história começa em 1983 quando comprei um livro chamado "Nueva Generacion de Instrumentos Musicales Electronicos", de uma editora espanhola. Aliás o livro é uma excelente referência para quem quiser se aprofundar na física do som. Este livro contém toda a teoria da geração do som e suas características e mostra os circuitos para gerar e tratar cada uma destas características. O melhor: ele tem um capítulo só com circuitos práticos para cada módulo de um sintetizador analógico, como VCOs, VCAs, VCFs, ADSRs, Geradores de Envoltória, Geradores de Ruído, Ring Modulators, equalizadores, etc, etc, etc.
Já nesta época me dispus a construir um sintetizador. Comecei pela fonte de alimentação (que era de +-15V e não +-12V e +5V como estou utilizando agora) e pelo Gerador de Ruídos. Depois destes dois módulos parei por contingências diversas. A fonte foi aproveitada em outros projetos e a plaquinha do Gerador de Ruídos ficou esquecida em uma caixa da oficina...
Pois bem, com o meu novo impeto (quase 30 anos depois!!!) para a construção de um sintetizador analógico, vasculhei minhas caixas e... lá estava a plaquinha me aguardando pacientemente para ser aproveitada e brilhar em um "Minimoog cover"!!! Passados quase 30 anos tive dúvidas se o circuito ainda funcionaria a contento. Alimentei o gerador e pluguei-o em um amplificador...  "shshshshshshshshshshshsh", este foi o som que escutei, exatamente o que deveria escutar !!! Funcionava perfeitamente. O circuito, tirado do livro que comentei acima funciona perfeitamente em +-12V, com saídas de ruído branco, ruído rosa e ruído marrom (ou tensão aleatória). Para quem não sabe, estes ruídos são ótimos para sintetização de ruídos naturais, como vento, ondas, chuva, etc.
Reproduzo abaixo o circuiro do Gerador de Ruídos, extraído do livro mencionado. O leiaute do circuito impresso não tenho mais, mas a foto da placa está a seguir.




Em breve postarei aqui algumas amostras de sons gerados pelo MiniBrasil, inclusive sons gerados por este módulo de ruídos.

Até a próxima

domingo, 6 de junho de 2010

O Painel

Olá
Vou mostrar neste post como fiz o painel do MiniBrasil. Como já comentei, tive de comprar uma placa inteira de alumínio 1,5mm de espessura, pois na minha cidade não consegui quem me forcecesse um pedaço. Foi até bom, pois agora tenho material suficiente para construir gabinetes para amplificadores e pedais que pretendo construir...
Para as dimensões do painel peguei a referência das dimensões do teclado que consegui. O teclado era de 5 oitavas, mas considerei as 4 oitavas para medir a largura total (interna, sem contar a largura da madeira lateral do gabinete) do instrumento, o que resultou em aproximadamente 66cm. Adicionei mais 1cm de cada lado para a dobra para trás que o painel tem, o que resultou em uma largura de 68cm. Para a altura, defini em 21cm, pois tinha já definido em 18cm o comprimento das placas de circuito impresso dos módulos que já vinha construindo, com mais 1,5cm em cima e em baixo como folga. Depois vi que esta dimansão das placas (18cm) foi uma decisão errada, pois o painel ficou mais "alto" do que deveria. O ideal é que ele tivesse 18cm no total, pois é esta a medida da altura para que proporcionalmente a máscara do painel (abaixo) fique com os 66cm de largura. Esta máscara pode ser baixada facilmente da Internet.



De posse das dimensões, cortei e dobrei a chapa, o que resultou no que se vê abaixo. Repare a dobradiça comprida (chamada aqui de dobradiça de piano), com a qual o painel será afixado no gabinete.




Com a máscara do painel fixada na chapa, marquei a posição dos furos. Tirei a máscara e fiz os furos com uma furadeira, respeitando o diàmetro dos furos para as chaves e os potenciômetros.
Adicionei o sobre-painel, aquela "faixa" de madeira  acima, com uma peça de madeira com um rasgo em seu comprimento (figura abaixo).


Acoplado ao gabinete, o painel fica assim...




Mandei imprimir em adesivo autocolante (nessas firmas de impressão digital) o painel e fixei o adesivo em curvin (aquele tecido para encapar caixas de som) preto. Então colei o curvin (com o adesivo fixado) na chapa de alumínio. A foto abaixo mostra como ficou (já com o gabinete envernizado).



Até a próxima...

segunda-feira, 31 de maio de 2010

O MiniBrasil quase pronto...

Bem, tenho tido pouca chance de postar informações aqui, mas tenho feito grandes progressos na construção do MiniBrasil. Abaixo uma foto dele quase pronto, para uma comparação com a foto do Minimoog original da coluna à direita...


Até o próximo post...

Ooops, e a fonte?

Esqueci de publicar o primeiro módulo que normalmente se constrói quando se desenvolve algum equipamento, sem o qual nada acontece: a fonte de alimentação!
Fiz algumas medições preliminares com os circuitos que já montei e aferi os seguintes dados de consumo:


Isto significa que nosso MiniBrasil é bem econômico. Por isso pude construir uma fonte compacta, utilizando os CIs reguladores de tensão comumente encontrados no mercado, que fornecem 1A de corrente, suficiente para todo o equipamento.
Utilizo a tensão de +5V para os circuitos digitais (microcontroladores) e +12V e -12V para os circuitos analógicos (operacionais).


O esquema e a placa de circuito impresso da fonte estão abaixo.





Até a próxima...



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domingo, 16 de maio de 2010

O Gabinete

Olá
Enquanto trabalho na decodificação do teclado do PSR-410, vou trabalhando em paralelo na construção do gabinete do MiniBrasil. Como não tenho um Minimoog para tirar as medidas, fiz muuuuuuita pesquisa e análise de fotos externas e internas do instrumento, conseguidas aqui. Uma dica para quem quiser se aventurar na construção de um clone do Minimoog: não construa o gabinete antes de adquirir o teclado, pois há diferenças pequenas nas dimensóes de um teclado para outro e, no final, somam-se alguns milímetros ou até centímetros e você pode perder o serviço.
Utilizei angelin (não é a melhor madeira, mas fazer o que?...), com espessuras de 1cm e 1,5cm (conforme dimensões passadas mais abaixo), para todas as peças do gabinete, menos o fundo, onde utilizarei chapa de compensado de 1cm de espessura.



A foto acima mostra o gabinete parcialmente montado. Abaixo, a parte de tras do gabinete. Repare o furo na travessa central, para a passagem dos cabos de controle do teclado e rodas (Mod e Pitch).


Para reforçar o conjunto, além de passar cola nas peças, fixei cantoneiras de alumínio, como pode ser visto na foto do detalhe abaixo.


A seguir estão as medidas de referência (sim, de referência; leia a observação que fiz no início deste post), para o gabinete do MiniBrasil. as dimensões estão em milímetros (mm).

 

Por ora é só. Quero ganhar tempo na decodificação do teclado.  :-)

Até a próxima...




quinta-feira, 29 de abril de 2010

Um pouco de engenharia de produto...

Olá
Em todo projeto que nos propomos a realizar temos de pensar em como o produto final irá ficar. Isto é importante desde o início, pois temos de pensar no espaço disponível para as placas dos circuitos, o posicionamento dos controles, etc. No caso da reprodução de um produto existente, como é o caso do Minimoog, este processo é facilitado. Porém, como não conseguimos reproduzir TODOs os componentes elétricos do instrumento (principalmente conectores, que às vezes são específicos, e não são encontrados no comércio), ainda assim temos de conseguir alternativas.
O painel frontal não há como alterar, pois é a identidade do instrumento (e é o que a gente quer: ter um Minimoog!). Então o que eu fiz foi imprimir a máscara do painel (abaixo) e afixei em uma chapa de aço no tamanho apropriado.


Esta chapa não será o painel definitivo, mas eu o fiz para ir fixando as placas de circuito impopresso e ir testando a integração entre elas.

Daí o tamanho das placas serem o mesmo. Pelas minhas observações (por fotos, já que não tive acesso a um Minimoog ao vivo), o painel frontal tem 21cm, o que me fêz definir as placas com 18cm de comprimento. A largura de 7,5cm foi decidida por haver disponível placas de 20x15; com isso conseguia fazer 2 placas sem perda (perdi apenas os 2cm no comprimento.
Podemos ver na figura abaixo a fixação das placas, com espaço para a passagem dos fios. Observe também o posicionamento do transformador (o mesmo posicionamento do Minimoog), com a placa da fonte abaixo dele.


Tive de comprar uma placa inteira (1x2m) de alumínio para fazer o painel frontal, pois não consegui em minha cidade quem tivesse um pedaço desta placa. Ainda estou trabalhando nela. Estou fazendo também as peças de madeira para o gabinete e a montagem do teclado, à medida que o tempo permitir...
Mais sobre isto nos próximos posts.
Até lá...

quarta-feira, 28 de abril de 2010

A pérola de Robert Moog: o VCF

Olá

Vamos falar sobre a pérola de Robert Moog, o criador do controle por tensão: o Filtro Controlado por Tensão baseado na configuração chamada "Ladder", por causa da forma de escada (Ladder) que lembra o circuito do filtro (veja a figura abaixo, um trecho do circuito do VCF).


O filtro baseia-se na resistência entre coletor e emissor de um transistor de acordo com a corrente que passa por ele. esta resistência variável juntamente com um capacitor formam uma célula de filtragem. A exemplo do VCA, um transistor controla a corrente dos transistores de filtragem. Esta corrente é controlada por um sinal de tensão neste transistor. O resto do circuito serve para captar o sinal de audio filtrado e amplificá-lo convenientemente. Um caminho de realimentação da saída para a entrada do filtro controla a "Enfase" do filtro, característica marcante deste VCF.
Resolvi adotar uma adaptação do circuito original (apenas com transistores) realizada por Yves Usson, disponibilizada aqui. Ele utilizou um chip com transistores balanceados (CA3046), além de operacionais, o que facilita o circuito impresso e o ajuste do circuito. Não publico aqui o circuito do VCF por uma questão de propriedade de patente, que ainda hoje paira sobre a possibilidade de publicação do VCF da Moog (embora ele esteja publicado "aos quilos" na Internet).
O leiaute do circuito criado por mim está abaixo.


A placa montada por mim está abaixo.


O circuito tem como controles o potenciômetro de Frequência, de Ênfase e de nível de controle do sinal do Gerador de Envoltória do filtro. O único ajuste que merece atenção é o de realimentação, para que, quando o potenciômetro de Ênfase estiver no fim de curso o filtro oscilar. Mas mesmo sem qualquer ajuste, o filtro deverá funcionar e produzir aquele som lindo característico dos Moogs...

Como o sintetizador precisa de uma fonte de alimentação, darei no próximo post o circuito da fonte que desenvolvi para o MiniBrasil.
Até lá.

MiniBrasil - Um nome para o sintetizador

MiniBrasil
Este foi o nome que escolhi para o sintetizador que estou construindo, considerando que se trata de um clone do Minimoog e é uma obra brasileira. Ou seja, um Minimoog à brasileira, com algumas soluções "caseiras" (desenvolvidas por mim), misturadas com alguns circuitos derivados dos originais, de forma a gerar um equipamento "construível" no Brasil, sem componentes "estranhos".
Abraços

Seguimos daqui pra frente

Os posts antes deste foram trazidos do blog blogdogustavofurtado.blogspot.com. Por questão de identidade da URL com o assunto tratado no blog, daqui para a frente estarei descrevendo a construção do MiniBrasil neste blog.
Até o próximo post.

Enfim um teclado!

Olá
Desde que comecei a construir o MiniBrasil, precisava de um teclado. Comecei a minha saga de procurar um teclado comercial inutilizado (mas com o teclado preservado), em oficinas de manutenção, aqui na minha cidade.
Depois de várias tentativas, consegui finalmente um excelente teclado, retirado de um PSR-520 da YAMAHA. Aliás, gostaria de agradecer ao Michael, da Terra Audio, que entendeu minha necessidade e, não só cedeu o teclado mas quer ver o MiniBrasil funcionando.
O tecladão é este ao lado, já fora do PSR-520. Obviamente preciso diminuí-lo, para que ele fique com as 3 1/2 oitavas do Minimoog original. Tenho ainda que decodificá-lo, para poder identificar a(s) tecla(s) pressionada(s). Coloco no plural pois, como farei isso através de varredura por microcontrolador, poderei identificar um acorde (mais sobre isso depois)...

Aliás, aproveito para observar que batizei o "meu Minimoog" de MINIBRASIL, já que é uma iniciativa brasileira de reproduzir o Minimoog. Assim também será o nome deste blog.
Mais uma vez lembro que trata-se de um esforço particular de construir um instrumento musical que foi um desejo antigo, sem fins comerciais e sem compromisso com quem quer que seja no sucesso de sua montagem. Isto significa que não há qualquer responsabilidade minha sobre quem deseje reproduzir este projeto.
Até a próxima.

O VCA e algumas observações

Olá
Vamos começar de vez a construção do "nosso" Minimoog.
Antes devo alertar que este projeto e este espaço não trata de uma forma de cópia simplesmente do equipamento da Moog Music, mas de uma tentativa de recriar o instrumento Minimoog, na sua maioria com alguns recursos tecnológicos atuais, apenas com o objetivo de realizar um sonho antigo de uma pessoa que sempre quiz ter um destes instrumentos mas não pôde. Não há aqui qualquer motivação comercial. Este espaço serve apenas para expor minhas atividades na construção de um equipamento que seja similar ao Minimoog (ou seja, com as mesmas funcionalidades e sonoridade), não sendo na maioria de seus circuitos identico a ele. Aliás, com exceção dos VCDOs (que foi inteiramente desenvolvido por mim), todos os outros circuitos foram garimpados (e por vezes adaptados) da Internet.
Lembro ainda que trata-se de um protótipo. Isto significa que poderão haver modificações posteriores, para ajustes e melhorias. Procurei utilizar apenas componentes facilmente encontráveis, para que se possam implementar os circuitos sem problemas.
Outra observação importante é que a exposição deste projeto pressupõe algum conhecimento de eletrônica analógica e de eletrônica digital, principalmente no desenvolvimento com microcontroladores. Não vou entrar em detalhes sobre o funcionamento detalhado dos circuitos (e menos ainda dos componentes), mas apenas uma visão geral do seu funcionamento. Os "datasheets" estão pela Internet para serem baixados e estudados... ;-)
Bem, dito isso, vamos ao que interessa...

O PHONE AMP
Como disse em post passado, comecei pelo fim. Para implementar o amplificador de fone de ouvido, utilizei um chip da National, que é um amplificador quase que completo, para baixas potências: o LM386. O circuito que utilizei foi o sugerido pelo "datasheet", mostrado abaixo.
Simples, o circuito minimiza componentes externos e facilita o projeto da placa de circuito impresso. A saída identificada como "Audio Out" deve ser ligada ao jack P10 do painel do Minimoog. O potenciômetro "Volume" também será fixado no painel.

O VCA
O VCA (Voltage Controlled Amplifier ou Amplificador Controlado por Tensão) é o bloco funcional que permite controlarmos a amplitude ou o "volume" do som gerado, através de um sinal de tensão contínua. A base do VCA do Minimoog é uma configuração de 3 transistores, em que um deles controla a corrente que passa pelos outros dois. Esta corrente por sua vez é comandada por um sinal de tensão na base do terceiro transistor. O sinal de audio é captado por um amplificador operacional. O circuito básico está na figura abaixo.

O Minimoog utiliza na verdade 2 VCAs, sendo um controlado pelo Gerador de Envoltória (ASR) e o outro controlado por um sinal externo (acessível através de um jack na parte do topo do painel do instrumento). Por isso, implementei esta arquitetura, com 2 VCAs iguais ao da figura acima, sendo que a saída do primeiro vai direto para a entrada do segundo. A saída do segundo VCA gera duas linhas de sinal de saída: uma para o amplificador de fone e a outra para a saída do instrumento (a que vai para o amplificador mostrar toda a majestade do Minimoog aos nossos ouvidos... :-)
Veja o esquema completo abaixo.
A Placa de Circuito Impresso A placa que desenvolvi para este bloco está abaixo.


A tensão de alimentação do "meu Minimoog" é de +/-12V. No caso do VCA, ele trabalha com +12V e a tensão de controle vai de 0V a 6V. VEja uma foto da placa montada por mim.


Como o nível dos sinais envolvidos (tanto de audio como de controle) são altos (da ordem de alguns volts), não há a necessidade da utilização de cabos blindados para o transporte dos mesmos de uma placa para outra. A exceção fica por conta do sinal da entrada externa que irá para o Mixer (falarei disso oportunamente, em outro post).
Para testar o circuito, alimente-o com +12V, injete um sinal de audio de aproximadamente 2V de amplitude na entrada de audio e injete um sinal de tensão DC na entrada de controle (que pode ser através de um potenciômetro ligado à terra e aos 6V, e o tap central ligano na entrada de controle). Variando a tensão na entrada de controle deve-se perceber a alteração no volume do sinal de audio. Com 0V de controle nçao se escuta nada; com 6V ouve-se o audio em sua maior amplitude. Imagine agora um sinal de controle vindo do Gerador de Envoltória: é o que nos dará a dinâmica do som do sintetizador...
Por hora é isso. Poderei voltar ao VCA se me lembrar de algo importante, ou se alguém trouxer alguma dúvida, através de um comentário a este post.
Até a próxima.

Um blog sobre sintetizadores

Olá
Nesta semana achei um blog sobre sintetizadores, que faz uma verdadeira varredura em tudo o que houve, há e haverá sobre estes instrumentos: o Xiconet (http://xiconet.blogspot.com). Muitos bons os posts. Vale uma ida lá, para quem gosta de sintetizadores. No próximo post começo a falar sobre a montagem do VCA e do VCF do "meu Minimoog".
Abraços

O MiniBrasil em blocos

Olá
O Minimoog que estou construindo tem a configuração mostrada no diagrama em blocos abaixo.
É uma configuração muito próxima da original, com a grande diferença ficando por conta da geração das formas de onda, oou seja, dos osciladores.

Repare que os osciladores não são VCOs (Voltage Controlled Oscillators), mas VCDOs (Voltage Controlled Digital Oscillators), pois são baseados em microcontroladores, ao contrário do Minimoog original que possui seus osciladores baseados em circuitos eletrônicos analógicos (amplificadores operacionais). Observe também que este módulo (VCDO) controla um conversosr digital/analógico para gerar a tensão de controle do filtro (VCF) gerada pelo teclado. Os pots de controle de afinação dos osciladores são lidos pelo microcontrolador e processado convenientemete.
Abaixo uma foto do protótipo que estou montando, para aliviar a ansiedade...


Comecei pelo "final": os módulos de saída (Output), que compreende o controle de volume de saída e o amplificador de fone de ouvido, e de modificadores (Modifiers), formado pelo VCF (Voltage Controlled Filter) e pelo VCA (Voltage Controlled Amplifier). Veja a foto abaixo.


No próximo post vou mostrar as entranhas destes módulos.
Tchau...

Um Minimoog à brasileira

Olá
Creio que todos que viveram a adolescência nos idos da década de 70, e gostam de eletrônica e de música, têm mais uma coisa em comum: o Minimoog. Pra quem não sabe, o Minimoog foi o sintetizador mais utilizado naquela época. Criado por Robert Moog, revolucionou a geração de sons não naturais, através da técnica de controle por tensão. Tecnicalidades à parte, o som do Minimoog encantou o mundo. E a mim...
Sempre quiz ter um Minimoog, mas era algo inimaginável, pelo preço. Cheguei a tocar um, em um estúdio no Rio de Janeiro, mas foi só para "adoçar a boca"...
Pois bem, depois de um loooongo tempo, resolvi montar o meu próprio Minimoog! Comecei no final do ano passado (2009) e estou evoluindo. Pretendo, então, passar aqui no meu blog a evolução da construção do meu Minimoog, comentando as dificuldades e soluções encontradas, para compartilhar com quem tem este mesmo desejo. Alguns módulos foram desenvolvidos por mim, outros foram "capturados" da Internet (circuitos quase originais).
Por hora, deixo alguns links sobre o Minimoog, para quem não o conhece.
http://en.wikipedia.org/wiki/Minimoog
http://www.vintagesynth.com/moog/moog.php
Abraços e até a próxima.

Uma oportunidade para os "Minimoogueiros"

Olá
Estou transferindo o blog sobre a construção de um Minimoog brasileiro, o assim batizado por mim "MiniBrasil", para este endereço, vindo do blog inicialmente cadastrado (blogdogustavofurtado), para uma melhor identificação com o assunto tratado.
Os próximos posts serão uma cópia dos posts já inseridos naquele blog até o dia de hoje, para que não se perca nenhuma informação já publicada por mim. A partir de então, este blog seguirá sua trajetória normalmente.
Abraços
Gustavo Furtado